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Com recorde de inscritos, o evento premiou soluções tecnológicas para desafios reais da cidade. Os times vencedores agora podem captar até R$1,6 milhão para aplicar projetos em escala real.
O Recife realizou a maior edição do Hacker Cidadão desde a criação do programa, em 2012. Com 312 pessoas inscritas e 38 equipes participantes, a décima edição do hackathon, promovido pela Prefeitura do Recife, bateu recorde de engajamento e consolidou-se como um dos principais eventos de inovação aberta do setor público no Brasil.
Durante 3 dias, os participantes desenvolveram soluções tecnológicas para quatro desafios estratégicos da cidade, apresentados por secretarias municipais. As áreas abordadas foram saúde (com foco em doenças crônicas), limpeza urbana (resíduos sólidos), agricultura urbana e assistência social, além de acessibilidade visual por meio de tecnologia assistiva.
Bernardo D’Almeida, presidente da Empresa Municipal de Informática (Emprel), reforça que a iniciativa demonstra como a inovação pode nascer da colaboração entre governo e sociedade civil. “O Hacker Cidadão mostra como é possível envolver a sociedade, desenvolvedores, coletivos e universidades na resolução de desafios concretos da cidade. Agora, essas ideias ganham força, suporte técnico e institucional para fazer a diferença na vida da população”, diz.
As soluções vencedoras foram: Cuida Recife (saúde), Horus (resíduos sólidos), RECompor (agricultura urbana e assistência social) e InVision (acessibilidade visual). Além de conquistarem um total de R$ 20 mil em prêmios, as equipes foram automaticamente selecionadas para integrar o terceiro ciclo de inovação aberta do Recife, o Eita! Recife, uma iniciativa estruturada para transformar ideias inovadoras em políticas públicas concretas.
Para o secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia do Recife, Rafael Cunha, a 13ª edição do Hacker Cidadão representa um marco para a cultura de inovação da cidade. “Essa edição entrou para a história não apenas pelos números, mas pela maturidade das soluções. Pela primeira vez, os vencedores do Hacker Cidadão entram diretamente no nosso ciclo de inovação aberta, o que significa que eles podem virar política pública de verdade”, afirma.
Agora, os times passam a disputar até R$ 1,6 milhão em recursos públicos para expandir, testar e implementar suas soluções na gestão municipal. O apoio inclui mentorias, articulação com órgãos públicos e suporte técnico do Eita! Recife.
Criado há 13 anos, o Hacker Cidadão é promovido pela Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia e pela Emprel. É considerado um dos hackathons mais tradicionais e longevos promovidos por uma prefeitura no mundo. A 13ª edição reafirma a aposta do Recife em inovação aberta como estratégia de gestão, aproximando tecnologia, criatividade e participação social das políticas públicas.
